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Competência em informação, sobrecarga de informação e vulnerabilidade em informação em estudantes de cursos pré-vestibular públicos e gratuitos

      Este trabalho tem como objetivo compreender a sobrecarga de informação em alunos de cursos pré-vestibular públicos, gratuitos e comunitários, identificando relações e princípios norteadores da competência em informação do público-alvo. Com relação à metodologia, a pesquisa teve abordagem qualitativa e ênfase na fenomenologia. A investigação foi realizada por meio de pesquisas bibliográfica e documental, além de entrevistas com 38 estudantes de quatro cursos pré-vestibulares, abordando seus sentimentos e experiências relacionados à competência em informação, sobrecarga de informação e vulnerabilidade em informação. 

       Os resultados apontam que alguns estudantes apresentam percepções tácitas da competência em informação, alinhadas aos conceitos da literatura. Na maior parte, eles se sentem inseguros quanto a aspectos como a confiabilidade da informação, métodos de organização pessoal e técnicas de estudo mais eficientes. Mesmo reconhecendo a sobrecarga de informação e relatando os sintomas psicossomáticos, em maior número os estudantes não se consideram prejudicados pelo fenômeno. 

       Eles também reportam situações em que se sentiram vulneráveis, em especial por causa de fatores como baixa autoestima e dificuldades de compreender conteúdos. Concluiu-se que os entrevistados reconhecem a importância da informação para suas vidas e para a sociedade. Mesmo sem conhecer os fundamentos da competência em informação, os entrevistados apresentam reflexões pertinentes sobre o tema.         

    A insegurança e a inaptidão para apreender afetam praticamente todos os entrevistados, sendo que apenas seis deles não fizeram referência a pelo menos um desses dois fatores. A insegurança é derivada de vários motivos, com destaque para oexcesso de informação, conteúdos, disciplinas ou atividades. “Oacúmulo de muita informação aqui acaba me atrapalhando bastante. […] eu misturo muito as informações […]” (E22); “fico um pouco nervosa, […] porque às vezes é […] tanta informação numtexto só[…]que me deixa confusa, […] e aí eu fico nervosa” (E16); “muita informação, que não consigolidar e lembrar de tudo na hora que eu preciso botarem prática” (E18).

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